Lendas Erechinenses: O mistério do Caixa 23

Esta não é uma história qualquer, uma notícia qualquer. Esta é uma narração de um fato ocorrido há mais de 10 anos em um mercado Erechinense.

Haviam poucas pessoas no mercado naquela noite do dia 23 de fevereiro de 1991. Ao que parecia, as portas já iriam se fechar e ninguém deveria permanecer dentro do estabelecimento após tudo ser trancado. Felizes seriam as pessoas se tivessem obedecido as ordens.

A chuva caía do céu como um prenúncio do Apocalipse, e as torres de energia já não estavam mais funcionando. Todas as luzes do supermercado haviam sido desligadas, menos uma, menos o local que jamais seria o mesmo durante todo o futuro da Capital da Amizade: o caixa 23. Nele, uma bela moça de olhos azuis e cabelos loiros como rios de leite, operava todos os dias. Sentava-se logo cedo de manhã e lá permanecia até o seu turno terminar, porém a sua história acabaria de uma forma trágica.

Os trovões e raios que se manifestavam no escuro céu de Erechim misturavam-se com uma ventania de fazer até mesmo os mais céticos temerem por suas vidas. A velocidade do vento era tão forte que, parecendo propositadamente, começou a empurrar a gigante torre que ficava em pé ao lado do mercado. Esta balançou para um lado, pendeu para o outro e o inevitável aconteceu: cem metros de puro tijolo despencou e destruiu o telhado do local, assim como fez desaparecer totalmente o caixa 23. 

Buscas foram feitas nos escombros e a operadora nunca mais fora encontrada. A lenda diz que até hoje uma mulher de branco, com olhos escuros como a noite aparece no mercado após o turno finalizar. Ela atormenta o estacionamento e toda a extensão da propriedade. Atualmente o caixa não é mais usado, ficando para sempre com seu lugar vazio e a luz desligada.

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